Falando um pouco da inovação do transporte coletivo que ocorreu no início da década de 1990, quando a demanda de passageiros aumentava e os modelos dos veículos à época que atendiam os corredores de Curitiba (as canaletas) já não eram suficientes: articulados de 18 metros e demais com pouco mais de 12 metros de cumprimento.
Uma outra característica necessária do novo modelo que surgiria, além da maior capacidade de transporte por veículo, era o ganho de tempo nos deslocamentos através da cobrança antecipada da tarifa, uma vez que os passageiros dos expressos realizavam o pagamento da tarifa ao cobrador, passando pela catraca dentro dos coletivos.
Foi então que Curitiba, através do arquiteto e urbanista, Jaime Lerner, criaram com a Volvo, produtora curitibana de chassis para ônibus, o biarticulado. Junto dele a solução do embarque e desembarque em nível elevado com a cobrança antecipada nas estações-tubo.
Das 33 unidades entregues de 1992, as 15 primeiras tinham carroceria fabricadas pela extinta Ciferal, que criou um modelo específico para o projeto, denominado de Megabus.
Nessa postagem vamos falar do primeiro carro, o ED001, e três curiosidades dele:
1ª: todos os biarticulados de 1992 tinham 25 metros de cumprimento, esse primeiro era um pouco menor, mas sem interferir no alinhamento das cinco portas com as estações e plataformas;
2ª: quando estava realizando testes pelas canaletas de Curitiba, ainda tinha frente e traseira do modelo lançado em 1991, o Padron Rio. Somente antes do lançamento é que recebeu a nova versão, o Megabus;
3ª: nesse período de testes, estava na cor vermelha padrão do Expresso na maior parte do veículo e a saia com um tom mais escuro. Todos os 33 veículos iniciaram operação na cor prata, mesma do Ligeirinho (Linha Direta) que fora lançado em 1991.
Acompanhe as postagens seguintes quando abordaremos mais curiosidades dos expressos biarticulados.
Fotos: Volvo, Revista Eu Rodo, Cesar Brustolin




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